UM ANO DE SAUDADE

Vinte e oito de Março de 2009, foi um dia terrível para mim e toda a minha família, especialmente, para os meus filhos. O nosso fiel amigo, tinha-nos deixado para partir para sempre.

Ficáram as lembranças, recordações e muitas, muitas, saudades. Chorámos. Como chorámos a sua partida. Foram onze anos e três meses. Onze anos e três meses de alegria, amizade e muita dedicação e protecção da sua parte para com todos nós.

Agora, um ano passado,  te recordamos com mais intensidade, com mais saudade, com mais tristeza.

Garanto-te meu eterno amigo, onde quer que estejas, jamais te esquecerei! Jamais te esqueceremos e jamais, deixaremos de te estar gratos, por toda a tua amizade e dedicação, ao longo desses onze anos.

Obrigado Scoupy, obrigado.

A DISCRIMINAÇÃO DO BOXER BRANCO

Os Boxers brancos não são permitidos desde 1925, mas até hoje nascem mas ninhadas e não recebem pedigree. Há quem diga que são albinos e livros estrangeiros da raça alegam que, mesmo não sendo albinos, podem produzir filhotes com tal anomalia em duas ou três gerações, sendo esse o motivo da proibição. Tudo indica que isso não é verdadeiro, seja pelo que se sabe pela teoria genética de cor dos cães, como por experiências práticas. Há, na realidade, uma certa confusão que leva muita gente a achar que todo animal branco é albino, já que tudo albino é branco. O albinismo é a ausência total de pigmentos, traz também pele e mucosas cor-de-rosa, e olhos vermelhos, segundo os ratos de laboratório. Segundo Clarence Little, autor do livro The Inheritance of Coat Color on Dogs, não há nenhum indício que olhos azuis caracterizem o albinismo. O Boxer branco apesar da pele rosa, tem, na grande maioria das vezes, todas as mucosas pigmentadas e olhos escuros. Little vai mais longe, além de afirmar que o fenómeno do albinismo é raríssimo nos cães, no caso do Boxer ele específica o gene que causa o branco, chamando-o de "sw". Já o gene no albinismo é o "ca". Os dois são completamente independentes. Portanto, não se tem por que achar que cruzando várias gerações de brancos, ou seja exemplares que podem conter o fator "sw", se chegará num cão albino, que necessariamente porta o factor "ca". Beatriz Goldschmitd, geneticista animal da Universidade Federal Fluminense, reafirma que o albinismo é raro em cães e qualquer raça está igualmente sujeita a ele, mesmo que de forma eventual. "O Boxer branco não é mais predisposto ao problema que os outros cães", completa. Pela experiência prática, Hilda Drumond cinóloga que já leccionou genética de cor de animais, atesta que já fez mais de 10 cruzamentos entre brancos e misturou pelo menos 3 gerações consecutivas, sem que nunca aparecesse um albino. Mas, há um caso ou outro que pessoas contam que já viram Boxers de olhos vermelhos. E daí, das duas uma. Ou o exemplar era mesmo albino, pois como já dito qualquer raça de cão ou espécie de animal pode ter eventualmente sê-lo, o que nem de longe significa que seja uma característica do Boxer branco. Ou quem viu, se confundiu, pois a terceira pálpebra às vezes é rosada e pode dar falsa impressão de que a íris é de cor vermelha. Ainda assim, mesmo descartando a ideia do albinismo, alguns podem dizer que por ser "sw" um gene recessivo, poderia causar sensibilidade ao sol e doenças de pele. Mas, nem isso é observado em Boxers brancos. Hilda, que já teve diversos, nunca teve qualquer problema. Regina, que tem uma fêmea branca, comenta que ela adora ficar exposta ao sol e também nunca manifestou nada de errado na pele. Vale dizer que o branco existe na raça pois ela nasceu – no final do século passado – da mistura do pequeno Bullenbeisser, antigo cão de caça que imobilizava a presa, com um Buldogue totalmente branco, cujo nome era Tom. Daí por diante a raça passou a ser oficialmente chamada de "Boxer" e inúmeros cães brancos nasceram e foram registados, inclusive a primeira grande reprodutora, chamada Meta, que tinha apenas uma mancha tigrada na cabeça e uma pinta ao lado esquerdo do corpo. O resto era branco como neve. Seria então este "outro" motivo para proibi-lo, ou seja uma tentativa de tirar a influência do Buldogue? Não, isso não é, em momento algum, alegado na bibliografia da raça.
REVISTA CÃES & CIA

PERIGOSOS OU VÍTIMAS

Julgo que este vídeo relata bem que não são algumas raças(ignorantemente apelidadas) de perigosas, mas sim a Raça Húmana, nalguns casos!

http://www.youtube.com/watch?v=UUt6XAD_ta4

ORIGEM DO BOXER

Apesar do nome “Boxer” soar a inglês, o Deutscher Boxer é originário da Alemanha. Pensa-se que o nome desta raça vem da forma como investe contra as presas, apoiando-se nas patas de trás e levantando as patas da frente, gesticulando, similar ao jogo de mãos de um pugilista, dito tanto em inglês como em alemão: “boxer”. Outra corrente defende que o nome “Boxer” deriva da palavra alemã “boxl”, nome dado aos cães que trabalhavam em matadouros.

 Segundo o estalão, o Brabant Bullenbeisser é o directo antecessor desta raça. Estes cães, também conhecidos como Buldogues Alemães, eram utilizados na caça ao javali e veado na Alemanha e Terras Altas. O papel dos Bullenbeissers era o de agarrar a presa e segurá-la até à chegada do caçador. O focinho recuado permitia a estes animais continuar a respirar normalmente enquanto prendiam a presa entre os dentes.

Os exemplares com uma dentada mais poderosa e força eram os escolhidos para perpetuar a raça, contudo a preferência por exemplares mais rápidos alterou o aspecto daquele que viria a dar lugar ao Boxer. Ao longo dos séculos, o Boxer já fez um pouco de tudo, desde pastor, artista de circo, luta com touros, entre outras actividades.

O clube da raça foi fundado em 1895 na Alemanha. A partir do século XIX, a raça começou a tornar-se cada vez mais popular, sobretudo como cão de guarda e companhia. A procura por um Boxer dócil com a família, veio atenuar o ímpeto agressivo que a raça inicialmente possuía. O estalão do Boxer foi aprovado pelo AKC em 1904.

Hoje em dia, o Boxer é uma raça bastante popular em Portugal e também por todo o mundo. Os Estados Unidos da América não foram inicialmente adeptos desta raça, mas em meados do século XX, depois de um Boxer ter ganho o título “Best in Show” a raça foi cada vez mais procurada.

Temperamento

O Boxer é um exemplo do sucesso na história da canicultura. É talvez o ideal cão de família: tem um aspecto feroz e alma de guardião que lhe permite afastar os estranhos com um uivo; mas é ainda companheiro, sendo especialmente dócil com crianças. O porte médio permite-lhe ser suficientemente grande para ser um cão de guarda, mas não demasiado grande para impedir que brinque com crianças.

O Boxer não precisa de ser violento na actividade de guarda. Quando se avizinha um estranho prefere aguardar e observar. Se sentir perigo, dá o alerta, ladrando. O cão só ataca em último caso.

O Boxer tem um amadurecimento tardio, o que o torna activo e brincalhão durante longos anos. O cão torna-se adulto por volta dos 2 anos, 2 anos e meio.

Devido à sua lealdade e vontade de agradar é fácil de treinar. É algo teimoso, por isso os donos devem usar o reforço positivo na sua educação. A sua desconfiança em relação a estranhos exige uma forte socialização. Esta raça tolera cães pequenos e mesmo gatos, se for habituado com eles desde pequenos, mas tende a reagir agressivamente com outros cães de porte médio ou maior, sobretudo se forem do mesmo sexo.

O Boxer pode ser mantido num apartamento, se for suficientemente exercitado. Para além dos passeios diários, este cão necessita de algum exercício extra: brincadeira, corrida, etc.

Aparência Geral

De carácter activo e ruidoso, o Boxer apresenta um aspecto físico mais pequeno e ágil que outras raças mastins. De porte médio, os cães devem ter entre 57 e 63 cm e as fêmeas 53 a 59 cm. Os cães com 60 cm devem pesar mais de 30 kg, as cadelas com 56 cm devem rondar os 25 kg.

O Boxer apresenta uma estrutura robusta e forte combinada com uma expressão bonacheirona. A sua cabeça é volumosa e arredondada, com um stop bastante pronunciado. O nariz é largo, curto e preto. Os olhos são redondos e de cor castanha a escura. A mandíbula ultrapassa a maxila (prognatismo), sem que, no entanto, fiquem visíveis a língua e os dentes inferiores quando a boca está fechada. As orelhas de inserção alta, são de tamanho médio e não devem ser cortadas. Caem dobradas para a frente, ficando o cão com uma expressão mais amigável, quando se encontram em repouso.

O pescoço é entroncado e forte e o dorso firme e musculoso. Os membros anteriores são verticais e musculosos e os posteriores ligeiramente arqueados. A cauda é de inserção alta e deixada ao natural.

Curto e brilhante, a pelagem é espessa ao toque. As cores permitidas são o castanho e o tigrado. O Boxer castanho possui uma máscara negra que se limita ao focinho. As manchas brancas só são consideradas defeito se ultrapassarem um terço do total da pelagem e se cobrirem a totalidade ou metade da cabeça.

Saúde

Infelizmente, o Boxer é um cão relativamente frágil em termos de saúde. Tem uma esperança média de vida relativamente curta, característica de cães de porte maior.

O Boxer é particularmente afectado pelo tempo demasiado quente ou demasiado frio. No nosso país é preciso ter cuidado as altas temperaturas que se fazem sentir no Verão. O Boxer deve ser exercitado ao mínimo nesses dias, apenas passeio a passo lento e no início e final do dia ou noite, de forma a evitar os picos de temperatura. Água fresca e sombra devem sempre estar disponíveis. Devido à forma do focinho, o calor faz com que o Boxer tenha dificuldade a respirar e o sobreaquecimento do corpo pode afectar o sistema cardíaco.

Os tumores, sobretudo a partir dos oito anos, problemas cardíacos e alergias são algumas das maiores preocupações nesta raça. Os donos também devem estar atentos a problemas oculares, torção do estômago e displasia canina.

Apesar de o Boxer branco estar fora do estalão e a sua criação não ser desejável, devido à sua recente popularidade, tona-se importante referir no perfil da raça que os cães brancos estão mais predispostos à surdez. O Boxer branco não é excepção.

Higiene

Os Boxers são famosos por ressonar e babar. Apesar disso, são cães limpos com um reduzido “odor a cão”.

Os cuidados com o pêlo desta raça são mínimos. Escovagens semanais são suficientes para manter o pêlo limpo. O banho só deve ser dado, quando for extremamente necessário, uma vez que reduz a oleosidade natural da pele, que lhe confere protecção.

A LENDA DO BOXER


No começo da Criação, no Sexto dia, depois que o Céu e a Terra haviam sido criados, Deus criou os animais de todas as variedades e para todas as finalidades possíveis para habitar a Terra. Criou o homem para que reinasse sobre os animais. Mas, para que o homem não ficasse só entre os animais, Ele criou os cavalos e os cães, de diversos tipos, de modo que todo homem pudesse escolher seu companheiro predilecto – pequeno ou grande, alto ou baixo, marrom, preto, branco, malhado ou riscado (tigrado), com pêlo comprido ou curto. E Deus viu que eles eram bons, tão bons que disse: “Vou fazer um cão superior, um que esteja acima de todos os outros, que possuirá a beleza, a força, a velocidade e a coragem subtilmente mescladas à lealdade, à nobreza, à vigilância e à amabilidade”.


Então Ele pegou o barro mole e moldou o cão ideal, na forma do Boxer, excepto pelo focinho, que, como nos outros cães, era sensível e elegante, a suprema perfeição. O colocou para secar, satisfeito, Deus disse:


“Este é de fato o cão perfeito!”


Embora o boxer ainda não estivesse endurecido, já estava pronto em todos os outros aspectos e ouviu o que Deus dissera a seu respeito, enchendo-se de orgulho. Assim, enquanto seguia seu caminho, disse aos outros cães: “eu sou o cão perfeito, porque ouvi isso de Deus. Olhem para mim e terão de admitir que sou melhor do que todos”. Os cães pequenos concordaram no ato; os cães de tamanho médio, embora não totalmente convencidos, não estavam preparados para discutir o assunto; já os cães grandes ficaram decididamente irritados, pois não eram eles maiores e mais fortes que o Boxer? E eles deixaram o fato bem claro, zombando do Boxer pelo seu tamanho, até que, irado, o Boxer lançou-se sobre o maior de todos...


Mas ele havia se esquecido de que ainda não estava seco, e seu magnífico focinho, a suprema perfeição dentre os focinhos, ficou amassado. Sua cara lisa ficou toda enrugada... Ao dar-se conta do ocorrido, ficou muito preocupado e correu para Deus, que acompanhara tudo e sorrindo disse: “Porque tu és o meu predilecto, receberás como único castigo àquele que tu mesmo te destes. Terás de usar para sempre essa cara, do jeito que fizestes ficar hoje.”


É certo que esta seja uma lenda, não sei por quem contada ou escrita, mas com certeza era uma pessoa que entendia do assunto, pois de fato, um Boxer é muito amável com cães pequenos, incapaz de machucá-los, mas não perdoa os grandes, e quando provocado, ataca-os com fúria. Talvez eles tenham ouvido esta lenda..... Qualquer pessoa que tenha partilhado a vida com um Boxer compreenderá perfeitamente que este é o animal favorito de Deus!!!